quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Invisível




Há duas maneiras de se perceber o mundo: pelos cinco sentidos ou pelo invisível. Podemos acreditar no que vemos, comemos, ouvimos, cheiramos ou tocamos como verdade única. Mas podemos, também, achar estranho as coisas tão óbvias e tão empacotadas e cavar mais fundo nos limites onde poucos já tentaram. 


Prefiro a segunda opção. E sabe por quê? Porque dá trabalho aceitar o invisível. Porque o invisível nos faz acreditar que as coisas andam independentemente dos nossos passos. Das nossas ações, dos nossos pensamentos. E mais ainda, chegar a confortante (será?) conclusão de que o que vemos, comemos, ouvimos, cheiramos ou tocamos não passam de interpretações e não verdades imutáveis.


Há duas maneiras de se perceber o invisível: pelo vitimismo conformado ou pela gratidão. Podemos acreditar que o invisível –chamado por tantos nomes em tantas religiões, é o responsável por nosso destino e nos resta apenas barganhar migalhas de felicidade dia sim, outro também. Mas podemos achar estranho que o invisível seja rude, hostil, more num castelo longínquo e que tenhamos que falar com ele por meio de oração burocrática.


Prefiro a segunda opção. E sabe por quê? Porque dá trabalho aceitar o invisível como extensão de nós. Acreditar que no fundo, no fundo, sem os cinco sentidos as coisas já acontecem maravilhosamente, no ritmo harmonioso e correto. E que o invisível é sempre perfeito, do jeito que tem que ser, independente do nossos óculos embaçados.

Há várias maneiras de buscarmos grandes perguntas –porque com o tempo percebemos que as respostas são o que menos importa. Este espaço acolhe todas elas.

10 comentários:

  1. Primeiro post \o/
    Olha só a inclusão digital! =)
    Legal o post Helga quando postar coisa nova me avise =D
    Jorge

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  2. Puxa, que legal Helga!
    Você sempre expõe o seu ponto de vista religioso de maneira muito interessante.
    Parabéns e bastante sorte com o novo Blog!

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  3. Nossa! Que legal Helguitcha!
    Muito bom, até porque oque nos move, e nos faz evoluir, são as perguntas e nunca as respostas!
    Parabéns Helga!

    Muito obrigado!

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  4. Bom dia Helga querida.
    Adorei seu texto, sua reflexão. Questões que transcendem o mundo do concreto me encantam. Avisa sobre outros textos que postar: adorarei lê-los. Parabéns por ser essa pessoa encantadora com quem é tão agradável interagir.
    Beijos.
    Silvana Giovannetti (silvannetti@yahoo.com.br)

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  5. Este blog me fez repensar minha vida inteira, seu texto eh muito profundo , nos faz navegar por espaços infinitamente lindos. Sou feliz por ser seu amiguinho e poder compartilhar um pouco do seu intelecto. Realmente eh extremamente agradavel voce existir e eu ter cruzado seu caminho.
    Beijosssss
    Claudionor Goes

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  6. Helga, olha a sintônia! estou fazendo a newsletter quinzenal do meu trabalho hoje, e em um parágrafo vou resumi-la:

    FAÇA SUAS PERGUNTAS MAIORES DO QUE SUAS RESPOSTAS!
    "Nada é mais poderoso que uma pergunta, porque a mente não consegue ignorar uma interrogação. Ela pode optar por não responder, mas a pergunta sempre estará presente, estimulando novos pensamentos. As respostas, por outro lado, são limitadas. Você pode conhecê-las, arquivá-las e nunca mais pensar nelas. Elas não exigem pensamentos adicionais. Esse é provavelmente o motivo pelo quais as pessoas as acham confortantes."

    Que boa atitude você teve iniciando seu blog!
    parabéns! estarei por aqui sempre!
    grande beijo!
    tati

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  7. Jorginho, Leo e Fernandinho
    Obrigada pela visita e incentivo!
    Família é tudo!
    Beijão!

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  8. Silvana
    Obrigada pelo carinho de sempre! Questões que transcendem o material dão muito pano para manga...rs Volte quando quiser! Beijão!

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  9. Claudionor
    Que bom que minhas linhas puderam fazer com que você reavaliasse conceitos. Obrigada pela visita! Beijão!

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  10. Tati
    As perguntas acompanham os sonhos. Muitas vezes surgem deles. Nos fazem valorizar os detalhes e a paciência. Fico muito feliz com nossa sintonia. Beijão!!

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